Ah, a ironia da vida política! A professora Fátima, que outrora empunhava cartazes e liderava piquetes contra os governos em nome da educação, agora se vê do outro lado da barricada. Como governadora, ela enfrenta a fúria dos mesmos professores que um dia representou. A greve dos professores da rede estadual do Rio Grande do Norte já entra na terceira semana, sem nenhum avanço nas negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) e o governo estadual.
Os professores, que paralisaram suas atividades no último dia 25 de fevereiro, reivindicam o pagamento integral do reajuste de 6,27% do Piso Salarial Nacional do Magistério. É curioso observar como a professora Fátima, que passou a vida parlamentar lutando pela educação do estado, agora se vê incapaz de atender às demandas de sua própria classe.
A situação é quase cômica, se não fosse trágica. A governadora, que antes se dizia a defensora incansável da educação, agora enfrenta a mesma resistência que um dia liderou. Os professores, por sua vez, devem se perguntar onde foi parar aquela Fátima combativa e solidária que um dia esteve ao seu lado nas trincheiras da luta sindical.
E assim, a roda da política gira, trazendo consigo ironias e contradições que nos fazem questionar a verdadeira essência do poder e da representatividade. Afinal, quem diria que a professora Fátima, a eterna sindicalista, se tornaria alvo dos mesmos protestos que um dia organizou? A vida política, sem dúvida, tem um senso de humor peculiar.
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