Por Francisco Gomes
Na tarde de ontem, Francisco Gomes, morador da cidade, se deparou com uma situação inusitada em sua residência: um morcego havia entrado e estava visivelmente debilitado, incapaz de voar. Preocupado com a possibilidade de o animal estar doente ou ferido, tomei medidas rápidas e responsáveis.
Primeiramente, separei o morcego dos gatinhos, que pareciam curiosos e brincavam com o visitante inesperado. Com todo o cuidado, conduzi o morcego para a área externa da casa, onde o cobri com uma vasilha para protegê-lo de outros predadores.
Em seguida, liguei para o número de emergência 193, buscando orientações sobre como proceder. No entanto, a resposta que recebi do policial do outro lado da linha foi surpreendente e, em alguns aspectos, preocupante.
O policial informou que não havia viaturas disponíveis para recolher o morcego e sugeriu duas opções: enterrar o animal no terreiro ou, ainda mais chocante, matar o morcego. A justificativa dada foi que o morcego poderia ser portador de zoonoses, doenças transmitidas entre animais e seres humanos.
Aqui, podemos fazer uma análise crítica do comportamento do policial:
Falta de Conhecimento: O policial demonstrou desconhecimento ao afirmar que o morcego poderia ser portador de zoonoses. Na verdade, a grande maioria dos morcegos não é portadora de doenças transmissíveis aos humanos. Além disso, a simples presença de um morcego não é motivo para alarme.
Alternativas Limitadas: A sugestão de enterrar o morcego no terreiro ou matá-lo é questionável. Existem protocolos específicos para lidar com animais silvestres em situações como essa, e o correto seria acionar os órgãos competentes para o manejo adequado. A falta de viaturas disponíveis não deveria ser uma desculpa para tomar decisões tão extremas.
Educação e Sensibilidade: O policial poderia ter sido mais sensível à situação e oferecido orientações mais apropriadas. Informar sobre a existência de órgãos de controle de zoonoses ou sugerir que eu mantivesse o morcego em local seguro até que uma equipe especializada pudesse recolhê-lo teria sido uma abordagem mais adequada.
Em resumo, o atendimento de emergência deve ser pautado pelo conhecimento técnico, sensibilidade e responsabilidade. Esperamos que as autoridades revejam esses procedimentos para garantir um melhor atendimento em casos semelhantes no futuro.
Hoje pela manhã, minha esposa que é Médica Veterinária e estava no plantão durante a noite, tomou todas as providencias e recolheu o animal juntamente com uma equipe do zoonoses.
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