Filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, entrou em uma guerra judicial contra Walter Abrahão Filho, empresário filho do falecido locutor esportivo Walter Abrahão, em razão de um calote de R$ 15 milhões na compra da PlayTV, realizada em 2020.
O canal pertencia ao Grupo Bandeirantes e mantinha um contrato com a Gamecorp, da qual Lulinha era sócio, para exibição de videoclipes e programas sobre jogos eletrônicos. A participação do filho de Lula na Gamecorp foi vendida a Walter Abrahão Filho, que depois a repassou a um advogado que já era seu parceiro no negócio.
A Gamecorp foi devassada pela Operação Lava Jato, que investigou repasses de R$ 132 milhões da Oi à empresa de Lulinha durante os governos do PT. O caso acabou transferido para São Paulo, e o Ministério Público Federal (MPF) pediu seu arquivamento depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o ex-juiz e atual senador Sergio Moro suspeito nos processos envolvendo Lula — foi Moro quem autorizou as quebras de sigilo da operação que investigou Lulinha.
Como mostrou o Portal Metrópoles em outubro de 2023, o filho do presidente ficou um tempo submerso depois das investigações, mas tem se movimentado para voltar aos negócios. Ele busca um CEO no mercado e quer voltar a atuar na área de games, que era parte da programação da PlayTV.
Lulinha alugou uma sala comercial na região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin, polo empresarial na zona sul de São Paulo. Lá sediou uma de suas empresas, a G4.
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