A fabricação e a venda da Leish-Tec, única vacina contra a leishmaniose visceral canina em comercialização no Brasil, foi suspensa pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O motivo foram "desvios" de conformidade detectados em lotes do produto.
Inicialmente, a Ceva Saúde Animal, fabricante da Leish-Tec, anunciou a suspensão da venda da vacina após serem "identificados desvios" em seis lotes: 029/22, 037/22, 043/22, 044/22, 060/22, 004/23.
Depois, o Mapa informou a suspensão da fabricação e da venda do imunizante, além do recolhimento de oito lotes: 029/22, 037/22, 043/22, 044/22, 060/22, 004/23, 006/23 e 017/23. Eles foram reprovados "por apresentarem teor de proteína A2 inferior ao limite mínimo estabelecido na licença do produto".
Segundo a pasta, uma fiscalização realizada entre 8 e 11 de maio constatou "desvio de conformidade do produto, que pode ocasionar falta de eficácia da vacina, gerando risco à saúde animal e saúde humana".
A Leish-Tec foi desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e está disponível no mercado desde 2008.
Segundo a fabricante, em estudo, o imunizante apresentou 96,41% de proteção contra a leishmaniose visceral canina no grupo vacinado e 71,3% de eficácia.
A vacina é a única contra a doença registrada pelo Mapa e em comercialização no Brasil. Ela é indicada somente a animais assintomáticos com resultados não reagentes para leishmanioses visceral.
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