A sensação de que o “governo de transição” está atuando mais que os anteriores e em assuntos muito além do que é previsto em lei não é apenas impressão. A ideia de avançar sobre gastos públicos, e até em aspectos que comprometem a estabilidade fiscal, foi friamente calculada para garantir que essas mudanças sejam realizadas antes da posse para blindar Lula de qualquer acusação de crime de responsabilidade, pois o presidente não responde por atos anteriores ao seu mandato.
Com aprovação das alterações petistas, a sanção do Orçamento seria no governo Bolsonaro, evitando qualquer respingo no governo Lula.
Plano B
Ficaria ainda aberta a possibilidade de usar a sanção de qualquer ilegalidade como justificativa para tornar Bolsonaro inelegível.
Gato escaldado
Por outro lado, Bolsonaro se prepara para a possibilidade de vetar as alterações propostas para não dar ideias para os petistas.
Detalhe importante
Sem apoio político, Dilma foi cassada pelas pedaladas não porque elas existiram, mas porque deixaram de ser autorizadas pelo Congresso.
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