aí, mais uma vez, Lula e o PT dando provas de uma de suas doenças sem cura — a incapacidade de aprender com a experiência. Não há jeito. Eles não admitem, nunca, que cometeram erros; o que deu errado, e que não pode ser jogado para baixo do tapete, é sempre culpa dos outros e não o resultado objetivo do que fizeram. Aí, em vez de agir de modo diferente na próxima vez, repetem as decisões que tomaram e não deram certo — e é claro que dá errado de novo, pois ninguém pode repetir as mesmas ações e esperar que as consequências sejam outras. De novo, quando o desastre aparece, a culpa é de todo mundo, menos deles.
Está acontecendo de novo, agora, em torno da necessidade de equilibrar arrecadação e despesa nas contas do governo. Lula continua convencido, ou pelo menos é o que mostra em público, de que não é possível executar “políticas sociais” e, ao mesmo tempo, manter a estabilidade fiscal; ou é uma coisa ou é a outra. Sua mensagem é clara: a ordem financeira impede a justiça social. O teto legal para os gastos públicos, instrumento essencial para a estabilidade, é denunciado por ele, então, como um “inimigo do povo”. Não pode haver teto, diz Lula; ele ameaça gastar “o que for preciso” para ajudar “as pessoas”.
0 Comentários