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Com Henrique fora das negociações MDB e PT, chapa com Waltinho de vice vai se fechando

O ex-senador Garibaldi Alves (MDB) afirmou nesta segunda-feira, 3, que ele e o filho, o deputado federal Walter Alves, estão rompidos politicamente com o ex-ministro Henrique Alves. A divisão afeta diretamente as articulações do MDB para as eleições deste ano, que tem como maior visibilidade o diálogo com o PT para uma aliança, e fragiliza a influência interna de Henrique.

Segundo Garibaldi, a relação com o ex-ministro foi interrompida nas eleições de 2018 por Henrique ter escolhido apoiar a candidatura de Benes Leocádio e não a de Walter Alves para deputado federal. “Não existe nenhuma possibilidade de conciliação com Henrique este ano”, afirmou o ex-senador ao Saiba Mais nesta segunda-feira, 3.

Com mais chance de disputar o cargo de deputado federal este ano, Garibaldi Alves deve entrar em uma disputa direta com Henrique Alves, caso este também decida sair candidato. Publicamente, Henrique não se posicionou sobre essa possibilidade, apesar das especulações.

O rompimento encerrou uma relação historicamente muito próxima entre Garibaldi e Henrique. Em entrevistas, Henrique chegou a declarar que Garibaldi “seria o melhor dos Alves”.

Nos bastidores do MDB, o apoio de Henrique a Benes Leocádio – um aliado histórico seu – foi visto como uma estratégia do ex-ministro para não perder espaço político para Walter Alves dentro do partido. Mais novo do que Henrique, Walter começou a ascender no MDB depois de 2014, quando foi eleito o deputado federal mais votado.

Em contrapartida, no mesmo ano o ex-ministro perdeu a eleição para o governo estadual e em seguida foi alvo da operação Lava-Jato.

Em 2019, Walter chegou à presidência do MDB, substituindo Garibaldi Alves, e se tornou o nome local com maior influência no partido, com o apoio do pai. Ele é o principal articulador para as eleições deste ano e responsável pela costura política mais evidente até então, numa possível aliança com o PT. Henrique não participa das reuniões.

Aliança MDB com o PT

Segundo Garibaldi, os diálogos do MDB com o PT continuam, mas a aliança não está fechada porque os partidos discutem os espaços na chapa. O MDB chegou a cogitar os cargos de Senado ou de vice-governador, mas alas do PT resistem a ceder esses cargos.

Quando questionado se Walter será o nome posto para vice-governador na chapa encabeçada por Fátima, Garibaldi responde que existe a possibilidade, mas que “não dá para adiantar que isso vai ser feito porque também depende do PT”. O MDB também conversa com o PDT e o PSDB para costurar alianças.

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