O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (31) que o ex-presidente Lula o chama de genocida porque é “oportunista”. Também disse que a carreira política do petista começou com associação ao narcotráfico na América do Sul.
“Lula me acusa de genocídio porque é oportunista. Vou falar sobre o último caso que veio à tona: o chefe do serviço de inteligência venezuelano, preso há pouco, disse que recebeu recursos e que todas as autoridades de esquerda receberam recursos do narcotráfico, fundos também enviados para a Espanha.”
Em entrevista ao canal de notícias Sky tg24, Bolsonaro disse que Lula foi condenado por corrupção e deixou uma “marca muito forte no Brasil”. Também associou o petista às Farc colombianas.
“Lula quase levou à falência nossa maior empresa de petróleo, a Petrobras. É uma longa história, sua liderança política começou quando ele teve contato com as Farc colombianas e a partir desse momento começou essa relação com o narcotráfico. Um milagre salvou o Brasil: nossa chegada em 2018 ”.
Não há comprovação, entretanto, dessa relação feita por Bolsonaro entre Lula e o narcotráfico. A prisão do ex-presidente foi motivada por uma condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
O presidente disse que seu governo fez o possível para ajudar Estados e municípios a enfrentar a pandemia de covid-19 e seguiu as determinações do STF. A Corte decidiu que os governadores e prefeitos tinham autonomia para determinar suas próprias regras de isolamento ou fechamento de comércio por conta da pandemia.
“Meu governo forneceu todos os meios para governadores e prefeitos lutarem contra a pandemia. Seguindo a orientação do Supremo Tribunal Federal, gastamos cerca de 100 bilhões de dólares. Demos fundos, meios e até profissionais para combater a pandemia, além de medicamentos.”
Sobrou também crítica para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, que encerrou seus trabalhos na última 3ª feira ao aprovar um relatório pedindo o indiciamento de Bolsonaro e outros.
Durante a entrevista, Bolsonaro defendeu o cuidado de seu governo com o meio ambiente e lembrou que foi um dos únicos governantes mundiais ao não defender lockdown como medida de proteção contra a covid. Criticou os efeitos econômicos da medida, mas declarou que ainda assim o Brasil está crescendo no pós-pandemia.
de Poder 360
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