Na busca por apoio dos defensores da privatização, que lhe assegure uma posição confortável numa possível candidatura presidencial, João Doria mostrou a verdadeira face da dita "terceira via" de oposição a Bolsonaro, ao prometer privatizar a Petrobras, antiga demanda dos sanguessugas do mercado financeiro.
Em entrevista a rádio Itabaiana, de Sergipe, o governador de São Paulo João Doria afirmou que, se for eleito presidente, irá privatizar a Petrobras. Ele disse que dividiria a estatal em lotes, para "garantir a competitividade". Ele afirma, de maneira mentirosa, que a falta de competitividade, o suposto monopólio da Petrobras, é o responsável pelo alto preço dos combustíveis. Porém, o preço dos combustíveis começou a aumentar precisamente quando a Petrobras passou a ajustar seus preços aos preços internacionais, para gerar lucro para seus acionistas, de maneira concomitante a entrada de empresas estrangeiras no setor.
Doria está abertamente em campanha para ser candidato à presidência da República, e participa de uma disputa interna no PSDB com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Ele mostra, com seu discurso, a natureza da chamada "terceira via", que setores da burguesia estão buscando: uma alternativa de direita capaz de aprovar ataques aos direitos dos trabalhadores.
Essa é mais uma demonstração cabal, também, de por que a política do PT, PSOL e PCdoB de se aliar a setores de direita, do PSDB ao MBL, numa frente conta Bolsonaro não oferece nenhuma saída para os trabalhadores, ao fortalecer setores que querem privatizar a Petrobras e aprofundar as reformas que cortam direitos.
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