Policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluíram o inquérito sobre o homicídio de Pollyana Nataluska Costa de Medeiros, 22 anos, ocorrido no dia 18 de maio, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, em Natal. A investigação resultou no indiciamento de seis pessoas pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa. Entre as pessoas indiciadas está a irmã da vítima.
O inquérito policial foi concluído após a deflagração de duas fases da Operação “Off Road”, que teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão em desfavor dos envolvidos. Na primeira fase, foram detidos Alcivan Bernardo da Silva, conhecido como "Bileu", apontado como condutor da moto utilizada no dia do crime; João Paulo Rocha, conhecido como "Rocha", apontado como o autor do disparo, e Orklisthye Mayklie Moronel Matias de Oliveira, conhecido como "Maikon", dono da motocicleta utilizada na ação.
Já na segunda fase, os cumprimentos de mandados foram em desfavor dos possíveis mandantes do crime: a irmã da vítima, Paloma Nataluska Costa de Medeiros; o cunhado da vítima, Luciano Cabral de Souza; e Josivan Pereira da Silva.
Após o indiciamento, caberá ao Ministério Público formalizar a denúncia à Justiça contra os suspeitos. A principal suspeita é de uma disputa envolvendo herança tenha sido a motivação do crime.
O crime
O homicídio foi praticado no dia 18 de maio deste ano, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, zona Norte de Natal. Quando os dois suspeitos chegaram ao estabelecimento comercial em que Pollyana Nataluska trabalhava, realizaram a abordagem e conduziram a vítima até a parte de trás do estabelecimento, onde efetuaram um disparo.
Segundo levantamento realizado junto a familiares, a herança deixada pelos pais adotivos de Pollyana Natalusca é de aproximadamente R$ 2 milhões. Ela é filha biológica de uma assistente de cozinha e foi adotada quando tinha um ano de idade por Pedro Soares de Medeiros e Márcia Maria da Costa, um casal de comerciantes que construiu patrimônio na cidade de Extremoz. Márcia era irmã do pai biológico de Pollyana.
Pedro e Márcia faleceram entre 2009 e 2011 e deixaram uma herança a ser dividida entre as três filhas, que são Paloma, Pollyana e outra que vive fora de Natal. A partilha de bens começou em 2012, quando Pollyana tinha 14 anos. Pollyana teria direito a 20 imóveis, sendo uma casa em Extremoz, dois apartamentos em Natal, um ponto comercial, um terreno e 15 lotes de granja em Extremoz, além de um carro. A vítima teria Pollyana vendido dois imóveis e montado uma loja de parafusos na zona Norte de Natal, onde foi assassinada.
Após três meses de investigação, a Polícia Civil chegou aos suspeitos de terem encomendado a execução de Pollyana Natalusca. Foram presos no dia 17 de agosto a irmã de Pollyana, Paloma Nataluska, e o marido da suspeita, Luciano Cabral de Souza, além de um sargento lotado no 4º Batalhão da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. O casal foi preso no município de Touros, e o agente da PM, detido quando saía do 4º Batalhão, na zona Norte de Natal. Antes, no dia 16 de julho, os agentes já haviam capturado os outros três suspeitos: Alcivan Bernardo da Silva “Bileu”, João Paulo Rocha e Orklisthye Mayklie Moronel Matias de Oliveira “Maykon”.
A Polícia Civil não divulgou quais os indícios que comprovariam a relação das pessoas presas com a morte de Pollyana Natalusca.
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