Comentando sobre as declarações golpistas de Braga Netto, ministro da defesa, o não menos golpista vice-presidente Hamilton Mourão buscou colocar panos quentes na situação, com medo da crise, e afirmou que "é lógico" que terão eleições no ano que vem.
Em sua fala, Mourão afirmou que haveriam eleições no Brasil em 2022 mesmo sem o voto impresso, pois o país não seria uma "república de bananas". E ainda perguntou, hipocritamente, "quem vai proibir eleição no Brasil?"
Estas declarações de Braga Netto e Mourão se dão em meio a ofensiva de Bolsonaro em defesa do voto impresso, em uma tentativa de deslegitimar, previamente, uma derrota nas urnas. No entanto, a tendência é que este projeto seja derrotado no Congresso, com o próprio presidente bolsonarista da Câmara, Arthur Lira (PP), se colocando contra.
Porém, chega a ser risível a pergunta de Mourão, pois foram os próprios militares, junto com a burguesia, que implantaram uma ditadura no país, fecharam o Congresso, proibiram partidos políticos e torturaram e mataram opositores, além de proibirem eleições.
Risível, também, é a fala do vice-presidente sobre uma "república de bananas". É verdadeira apenas na medida em que o projeto de Bolsonaro, e também de Mourão, é o de transformar o Brasil em uma "república de soja", se transformando de vez na fazenda do mundo, e cada vez mais subordinado ao imperialismo americano, as custas das condições de vida dos trabalhadores brasileiros e do sacrifício de liberdades democráticas básicas, como o direito de escolher em quem votar.
Esse é o projeto que, desde o golpe de 2016, unifica Mourão, Braga Netto, Bolsonaro, diversos setores do Centrão e de outros partidos de direita,
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