Em meio à repercussão da declaração do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que ontem afirmou ser gay, o nome da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), virou assunto nas redes sociais, após o ex-deputado Jean Wyllys dizer que a petista é lésbica. Hoje, ela escreveu que em sua vida "nunca existiram armários" e que sabe o que é "a dor da discriminação e do preconceito".
Por meio de seu perfil nas redes sociais, Bezerra, de 66 anos, disse que, ao longo de sua vida, ela "jamais" deixou de se posicionar contra os atos de violência sofridos pelos grupos socialmente oprimidos, como os LGBTQIA+, e prestou solidariedade ao tucano por ter feito "um gesto importante" ao se assumir.
Na minha vida pública ou privada nunca existiram armários. Sempre demarquei minhas posições através da minha atuação política, sem jamais me omitir na luta contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia e qualquer outro tipo de opressão. "Fátima Bezerra, governadora do RN.
"O governador Eduardo Leite fez um gesto importante e tem minha solidariedade por ataques que venha a sofrer em razão de sua declaração. Eu sei o que é a dor da discriminação e do preconceito", continuou.
Comunidade pouco representada politicamente
Fátima Bezerra ponderou que os chamados grupos minoritários, entre os quais estão os membros da comunidade LGBTQIA+, "são, por vezes, [a] maioria da sociedade, mas pouco representadas politicamente".
"Os mandatos que recebi do povo, de deputada estadual, deputada federal, senadora e, agora, de governadora do meu estado, o RN, sempre estiveram à disposição das lutas civilizatórias", destacou.
"Tenho orgulho de sempre ter representado essa luta e consciência de que, mais do que nossa condição humana, importam à sociedade as nossas ações para transformar o mundo em um lugar melhor para viver com justiça, dignidade e direitos iguais para todas e todos", completou.
Na minha vida pública ou privada nunca existiram armários. Sempre demarquei minhas posições através da minha atuação política, sem jamais me omitir na luta contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia e qualquer outro tipo de opressão e de violência.
— Fátima Bezerra (@fatimabezerra) July 2, 2021
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