O presidente Jair Bolsonaro voltou a por em dúvida a origem do coronavírus nesta segunda (21), dessa vez citando uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, que abordou o assunto na noite de domingo (20.jun).
Para o chefe do Executivo, a emissora carioca é de uma “podridão inimaginável”, mas deu uma “bambeada na perna” ao veicular um trecho que trata sobre o tema.
“Eu não assisto a TV Globo há mais de anos. Agora, ontem, o Fantástico… Me mandaram um trecho de 12 minutos e eu vi. Vale a pena ouvir. A Globo deu uma bambeada na perna deles sobre a questão do vírus. Porque, olha só, a imprensa, ela sendo livre e vendendo a verdade, é muito bom para o país. E eles já começaram a duvidar da questão da origem do vírus”, disse o presidente, em conversa com apoiadores.
A reportagem a qual Bolsonaro se referiu está disponível no site do Fantástico e recebeu o título de: “Polêmica sobre origem da Covid esquenta após imagens de morcegos no que seria laboratório de Wuhan”. É parte de uma série veiculada pela Globo na noite de domingo sobre a origem do coronavírus.
Segundo o presidente, a emissora se “interessa” pelas mortes relacionadas à covid-19. “A TV funerária entra em êxtase quando atingimos 500 mil mortes. A gente lamenta as mortes, tá? Mas eles parece que não se preocuparam.”
O ataque de Bolsonaro à Globo é o 2º proferido por ele só nesta segunda (21.jun). Mais cedo, o presidente mandou uma repórter que trabalha para uma afiliada da emissora calar a boca.
VOLTA A CITAR DOCUMENTO DO TCU
Bolsonaro também afirmou a apoiadores que mídia “nenhuma” se preocupou em “consultar” um suposto relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre supernotificações de mortes por covid-19. O presidente já havia abordado esse assunto em 7 de junho.
“TV nenhuma se preocupou em consultar aquele documento, que é público, do TCU, que fala das supernotifcações. Eles não se preocuparam. Só falaram que era um documento falso. Falso como? Foi feito pelo TCU”, disse.
Esse documento, no entanto, foi produzido por um auditor do tribunal e não validado pelo órgão, com dados não comprovados sobre o coronavírus. O funcionário é investigado pela Polícia Federal e por comissão interna do TCU.
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