Últimas Notícias

6/recent/ticker-posts

Suplente de deputado, miliciano e pai de vereador preso por assassinato pode assumir cadeira na assembleia

 Coronel Jairo Jairinho

De olho nas eleições de 2022, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), vai rearticular sua base aliada nas próximas semanas com uma reforma de seu secretariado. O objetivo é prestigiar partidos e nomes que poderão ajudá-lo no caminho para a reeleição ao cargo de chefe do Executivo estadual.

Convocado para auxiliar do governador o deputado Rodrigo Bacellar (Solidariedade) se aceitar o convite, abre vaga que será ser preenchida por seu suplente, Coronel Jairo, pai do vereador Dr. Jairinho, preso desde o início de abril pela morte de seu enteado de quatro anos.

O pai de Jairinho foi preso em 2018 na Operação Furna da Onça. Ele foi acusado de receber uma "mesada" para aprovar projetos do então governador Sérgio Cabral (MDB) na Alerj e participar de um esquema de distribuição de cargos públicos. 

Jairo é também uma das principais figuras da Alerj investigadas na CPI das Milícias realizada em 2008. Ele e o filho aparecem, inclusive, como possíveis envolvidos na tortura de jornalistas de O Dia.

“Jairo, Jairinho, Jerominho, Natalino e tantos outros são, sem dúvidas, exemplos de como a milícia se vinculou com a política institucional. No caso do Jairinho não há comprovação oficial, mas há indícios fortes”, apontaram os pesquisadores Ignácio Cano e Carolina Iooty em relatório ao qual o Brasil de Fato teve acesso.

A principal milícia da zona oeste, a que Jairinho e Jairo tem o nome relacionado, já foi batizada de três formas distintas ao longo dos anos: “Liga da Justiça”, “A Firma” e, por último, “Bonde do Ecko”. Esse grupo teve início nos anos 1990 atuando no serviço de transporte coletivo, mas também em ações de venda de terrenos, cobrança de taxa de segurança, distribuição de gás, “gatonet” e crimes corriqueiros de roubo e tráfico de drogas. 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Postar um comentário

0 Comentários