Ricardo Nunes (MDB) irá assumir o comando da cidade de São Paulo de forma definitiva. Com a morte de Bruno Covas (PSDB) neste domingo (16), o vice-prefeito se torna o novo prefeito da cidade mais populosa do país.
Covas tinha 41 anos e estava internado desde 2 de maio no hospital Sírio-Libanês, no qual fazia tratamento desde 2019. O ex-prefeito realizava tratamentos de imunoterapia e quimioterapia contra um câncer no trato digestivo. A doença havia se espalhado para o seu fígado e ossos.
Nunes estava no cargo de forma interina desde 3 de maio. Covas havia se licenciado da prefeitura por 30 dias para se dedicar “integralmente” ao tratamento.
Ricardo Nunes foi vereador por 2 mandatos em São Paulo, antes de se eleger como vice-prefeito em 2020.
O novo prefeito é ligado à Igreja Católica e tem contatos com empresários da zona sul da capital paulista. No passado, já fez parte das bases petista e tucana na Câmara Municipal de São Paulo.
Ainda durante a gestão de Fernando Haddad (PT), Nunes apoiou o então prefeito. Ele era o contato na Câmara da cidade que conseguia dialogar com líderes religiosos. Em 2016, ele fez lobby pela anistia e regularização de templos religiosos irregulares.
Com a eleição da chapa de João Doria (PSDB) e Bruno Covas, em 2016, Nunes mudou seu posicionamento e passou a integrar a base tucana. Durante 4 anos, o então vereador apoiou os projetos da prefeitura de São Paulo. Em 2020, uma articulação de Doria garantiu a Nunes a vaga de vice-prefeito na campanha de Covas.
Nunes é crítico dos contratos de transporte público da cidade de São Paulo. Também tem interesse em um sistema de transporte público hidroviário, um projeto que apresentou quando ainda era vereador.
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