Levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados aponta que 22,6 mil pessoas foram desligadas de seus respectivos empregos no Brasil por motivo de morte no primeiro trimestre de 2021, o que representa um aumento de 71,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
No Rio Grande do Norte, o aumento registrado foi de 51,8%, passando de 110 desligamentos entre janeiro e março do ano passado para 167, nos três primeiros meses de 2021, o trimestre onde morreram mais trabalhadores formais. Entre janeiro de 2020 e março de 2021 vieram a óbito 687 profissionais com carteira assinada no RN.
Os dados levam em consideração apenas os empregos celetistas, ou seja, trabalhadores com carteira assinada. O estudo do Dieese não afirma que todas as mortes foram provocadas pela Covid-19. É importante destacar que o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus registrado no Brasil foi no final de fevereiro de 2020 e, no Estado potiguar, em março.
Atividades
A Educação lidera a lista das categorias que mais apresentaram crescimento percentual, com 106,7% óbitos. Nos primeiros três meses de 2020, 465 profissionais da área morreram; enquanto 961 vieram óbito no primeiro trimestre de 2021.
Entre os profissionais de saúde, o aumento foi de 75,9%. Entre janeiro e março do ano passado, 498 trabalhadores vieram a óbito, enquanto 876 pessoas deste grupo morreram no primeiro trimestre de 2021.
Só a categoria dos médicos registrou um crescimento de 204%, subindo de 25 para 76 mortes no período, enquanto as mortes entre enfermeiros aumentaram 116%, saindo de 25 para 54 óbitos.
Outro destaque do estudo é o setor de transporte, armazenagem e correio, cujo aumento constatado foi de 95,2%.
Estados
No topo do ranking dos estados onde o número de desligamentos por motivo de óbito foi maior está o Amazonas, que registrou 437,7% a mais de mortes nos primeiros três meses do ano englobando todas as categorias celetistas. Foram 114 no primeiro trimestre de 2020, e 613, no mesmo período de 2021.
Estado mais populoso do país, São Paulo registrou o maior número de desligamentos. Foram 7.864 no primeiro trimestre de 2021, um crescimento de 76,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 4.459 trabalhadores celetistas perderam a vida.
0 Comentários