Ministério da Saúde informou que apenas 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal receberão o imunizante da Pfizer, devido à necessidade de armazenamento a baixas temperaturas
Mais um imunizante chega ao Rio Grande do Norte para ajudar na proteção da população contra a Covid-19. Cerca de 6 mil doses da Pfizer, produzida com a tecnologia da BioNTech, que é uma empresa alemã, devem chegar em terras potiguares nesta quinta (29), segundo projeção da coordenadora de Vigilância em Saúde, Kelly Maia.
O novo carregamento faz parte da primeira remessa do imunizante após contrato com o Governo Federal. Ao todo, chegam nesta quinta ao Brasil 1 milhão de doses, que serão enviadas aos estados. As doses chegarão ao Aeroporto Internacional Viracopos, em São Paulo. O contrato estabelece a entrega de 100 milhões de doses.
Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que apenas 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal receberão o imunizante da Pfizer, devido à necessidade de armazenamento a baixas temperaturas, o que dificulta a saída das doses das capitais estaduais. Ou seja: Natal será a única cidade do Rio Grande do Norte a receber as mais de 6 mil doses da vacina da Pfizer.
Nas centrais estaduais, os antígenos podem ser armazenados a -20°C por até 14 dias. Já nas centrais municipais, nas salas de vacina, as doses podem ficar por apenas 5 dias em uma temperatura entre 2°C e 8°C.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira 28, que houve antecipação da chegada de 2 milhões de doses do consórcio Covax Facility, iniciativa vinculada à OMS (Organização Mundial de Saúde), de junho para maio. Anteriormente, outras 2 milhões de doses já haviam sido antecipadas, chegando-se, assim, a 4 milhões de doses via consórcio no mês de maio.
A vacina da Pfizer é aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias e foi aprovada pela Anvisa no fim de fevereiro. Ela tem apresentando 95% de eficácia contra a Covid-19. Em entrevista à AFP, o presidente da Pfizer disse que o imunizante tem se mostrado eficiente para diversas variantes. “Já temos dados sobre a variante britânica, que é majoritária em Israel, e a eficácia da vacina é de 97%.
Na África do Sul, em comparação com a variante daquele país, a eficácia é de 100%. E os dados do Brasil mostram que permite controlar muito bem (a variante brasileira)”, explicou Albert Bourla, presidente da empresa farmacêutica. Pfizer é a melhor vacina, afirma Guedes Entre empresários e frequentadores do mercado financeiro, chamou a atenção a fala do ministro Paulo Guedes sobre a vacina da Pfizer, durante reunião do Conselho da Saúde Suplementar. Sem saber que a reunião estava sendo transmitida ao público, o ministro disse: “O chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva do que a americana. O americano tem 100 anos de investimento em pesquisa, então os caras falam: ‘qual é o vírus? É esse? Tá bom’. Decodifica e está aqui a vacina da Pfizer.É melhor que as outras”.
O ministro disse na noite desta terça (27) que dizer que o chinês inventou o vírus foi uma imagem infeliz que ele usou e que até tomou a vacina chinesa, mas reforçou a capacidade tecnológica americana de produzir respostas a vírus desconhecidos. A vacina da Pfizer, no entanto, foi feita junto com a tecnologia da BioNTech, que é uma empresa alemã.
Em entrevista à Veja, em outubro do ano passado, o então presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que teve várias reuniões com integrantes do governo, “incluindo Ministério da Economia” e que a empresa fez uma proposta formal de fornecimento da vacina, mas que nunca recebeu resposta, nem pelo sim nem pelo não. Mesmo depois de toda a pressão, o governo só fechou a compra de doses da vacina da Pfizer em meados de março deste ano e as primeiras doses devem chegar agora no fim de abril.
0 Comentários