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Em conferência, líderes de oposição acusam Bolsonaro de autoritarismo

Conferência virtual reuniu Ciro Gomes, João Doria, Eduardo Leite, Luciano Huck e Fernando Haddad, nomes aventados para candidaturas presidenciais em 2022

Alguns dos principais líderes que se apresentam como opositores de Jair Bolsonaro estiveram reunidos em evento virtual da Brazil Conference neste sábado (17). O governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) fizeram acusações diretas de autoritarismo ao presidente da República. [1]

Os comentários foram provocados por uma questão formulada aos convidados acerca de um projeto de lei apresentado em março pelo parlamentar governista Major Vitor Hugo (PSL-GO). O projeto aumentava os poderes do presidente, decretando mobilização nacional durante a pandemia do coronavírus.

O governador de São Paulo afirmou que Bolsonaro “flerta permanentemente” com o autoritarismo. Doria acrescentou que o presidente “incentiva e estimula (o autoritarismo), como tentou fazer com a deliberação de tornar polícias militares em milícias do governo federal”.

Para Doria, tratou-se de “um absurdo completo que foi rechaçado por deputados federais. Mas essa ameaça vai continuar. Este Jair Bolsonaro tem uma propensão absoluta para ser ditador. Se pudesse ser um, já teria sido em 2019, quando atentou contra o Supremo Tribunal Federal, contra as instituições brasileiras”.

Doria ressaltou que Bolsonaro “não tolera o contraditório” e faz “um governo autoritário ainda que tenha sido eleito.” Na mesma linha, Ciro Gomes comentou que “o delírio do Bolsonaro é formar uma milícia para resistir de forma armada à derrota eleitoral que se aproxima”.

O encontro reuniu ainda o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que defendeu a necessidade de reformas e privatizações e um investimento em educação, e o apresentador de televisão Luciano Huck, que defendeu a disposição por olhar para o futuro.

“Só estou enxergando narrativas e discursos que olham muito para o Brasil do passado, que veem o país pelo retrovisor”, alegou Huck. Também presente, o petista Fernando Haddad disse que o Brasil vive uma “destruição institucional”, com “aparelhamento” das instituições, e precisa de uma “retomada de republicanização”.

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