O Congresso dos Estados Unidos (EUA) terá em uma de suas cadeiras um legítimo representante da igreja negra e da luta pelos direitos civis no país. O reverendo Raphael Warnock venceu a republicana Kelly Loeffler em uma das disputas eleitorais no estado da Geórgia e será o primeiro senador negro do estado. O outro turno, entre o republicano David Perdue e o democrata Jon Ossof segue acirrado.
A vitória de Warnock é extremamente poderosa, em um momento histórico, enche o coração de esperança e pode inspirar muito o debate sobre religião e política no Brasil. Sua história deve ser contada e ensinada.
Pastor da Igreja Batista Ebenezer em Atlanta desde 2005, que é a mesma igreja onde Martin Luther King Jr. pregou. Ele se tornou a pessoa mais jovem a assumir o papel de pastor sênior na Ebenezer, que, devido ao peso do dr. King, se tornou a mais referencial igreja negra do país.
A vitória de Raphael Warnock pode ser um gancho para que possamos identificar no Brasil estas lideranças potenciais. Elas estão, há anos, há décadas, em plena atividade no país, progressistas, lutando por justiça e usando suas congregações para promoverem igualdade.
2021 será o tempo de potencializar e chamar atenção para lideranças evangélicas que confrontam o oportunismo e a manipulação viciosa da bancada evangélica brasileira e seus pastores oportunistas.
As igrejas são um agente social fundamental no país, aceite-se ou não. O melhor a fazer é construir um caminho para que lideranças evangélicas progressistas, humanas, generosas e comprometidas com a democracia mostrem o seu rosto e ajudem o país a ser melhor em 2022 ou 2026.
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