O ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou ontem a noite quarta (6), em pronunciamento no rádio e na TV que o Brasil estará preparado para fazer a imunização contra a Covid-19.
"O Ministério da Saúde está preparado e estruturado em termos financeiros, org e logísticos para executar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação", disse Pazuello.
Segundo o ministro da Saúde, o Brasil conta já com 354 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19. Pazuello contabilizou que o país terá 254 milhões da vacina de Oxford com a AstraZeneca.
As outras 100 milhões, disse o ministro, seriam doses da Coronavac, a vacina produzida pelo Instituto Butantan, entidade ligada ao Governo de São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Pazuello afirmou que o país negocia, ainda, com outras cinco possíveis fornecedoras: Gamaleya/Sputnik V (Rússia); Janssen, Pfizer e Moderna (Estados Unidos); e Bharat Biotech/Covaxin (Índia).
Destas vacinas, apenas Janssen e Pfizer estão sendo testadas neste momento no Brasil. A vacina Sputnik V, produzida no Brasil pela empresa União Química, aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os ensaios clínicos no país.
Empresas que não realizam testes no país não podem utilizar o procedimento conhecido como "submissão contínua", quando as informações vão sendo enviadas gradualmente para acelerar o processo de análise.
Portanto, apesar de citadas por Pazuello, Sputnik V, Moderna e Covaxin possuem um caminho mais longo para utilização no Brasil.
Seringas e agulhas
O ministro da Saúde afirmou que o país também teria o suprimento de que necessita de fazer a imunização. Recentemente, um pregão realizado pelo governo federal para comprar seringas e agulhas falhou -- e o país conseguiu adquirir apenas 2,4% do que buscava.
Eduardo Pazuello citou 98 milhões de unidades à disposição do país. O ministro citou 60 milhões de seringas e agulhas "nos estados e municípios", outras 8 milhões que serão enviadas pela Organização Panamericana de Saúde (Opas) em fevereiro e 30 milhões requisitadas às indústrias nacionais dos insumos.
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