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Ato em defesa de Ocupação na Ribeira mostra abismo entre UFRN e população mais vulnerável de Natal


Mais de 60 famílias pobres e sem lugar para morar em Natal estão sob risco de despejo. O grupo ocupa desde 30 de outubro um casarão histórico na Ribeira onde funcionou a antiga Faculdade de Direito da UFRN. Neste sábado (21), o Movimento de Luta por Moradia nos Bairros, Vilas e Favelas, que coordena a Ocupação Emmanuel Bezerra, organizou um ato público em solidariedade às famílias e em protesto à universidade.

A pedido do reitor da UFRN José Daniel de Melo, a Justiça autorizou na sexta (20) a reintegração de posse do prédio e deu 24 horas para que as famílias saiam do local.

O prédio apresenta problemas como infiltrações e mofo em vários pontos da estrutura, mas está sem função social há 19 anos. As próprias famílias que ocupam o local já fizeram a limpeza e pequenos consertos no espaço. Os moradores se dividiram em comissões de limpeza, segurança e cozinha, por exemplo. A previsão é de que uma das salas seja transformada em creche para crianças enquanto as mães saem para o trabalho. De acordo com a coordenação da Ocupação, 32 crianças de 0 a 11 anos de idade moram no prédio.

Além da insensibilidade de desabrigar mulheres e crianças carentes que não tem para onde ir, chama atenção na decisão da juíza da 4ª Vara Federal Gisele Maria da Silva Araújo Leite a falta de apreço pela memória e pela preservação do patrimônio da cidade.

“É na porrada e na violência que eles nos tratam. E não é uma retórica”

Samara Martins, dentista e membro do MLB

Segundo ela, durante a madrugada do sábado, viaturas da Polícia Militar ficaram rondando o prédio, uma forma de intimidação contra as famílias.

A manifestação contou com a presença das famílias abrigadas na Ocupação Emmanuel Bezerra, além de entidades e ativistas que apoiam o movimento de luta por moradia.

de Rafael Duarte, da agência Saiba Mais

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